Guia da cidade - ALEGRIA


Detalhes da cidade: ALEGRIA-RS


  • Cidade: ALEGRIA - Estado: RS
  • DDD: 55
  • Região: Ijuí
  • População: 3.464 habitantes (Homens: 60% / Mulheres: 60%)
  • Homens: 2.068
  • Mulheres: 2.071
  • Total de domicílios: 1.435
  • Distância da capital (em km): 368
  • Área (km²): 1.727
  • Densidade demográfica: 240
  • Frota de veículos: 1.651
  • Indústrias: 34
  • Serviços: 112
  • Agronegócios: 2
  • Comércio: 117
  • Número de empresas: 265
  • Serviços de saúde: 3
  • Agências bancárias: Não informado
  • Educação: Não informado
  • Administração pública: 5
  • Atividades financeiras: Não informado
  • Correios e telecomunicações: 1
  • Transportes: 14
  • Alojamento: Não informado
  • Alimentação: 19
  • Comércio e reparo de veículos: 20
  • Serviços em geral: 50
  • Indústria extrativa: Não informado
  • Construção: 5
  • Reciclagem: Não informado
  • Eletricidade, gás e água: Não informado
  • Indústrias em geral: 29
  • Comércio atacadista: 4
  • Comércio varejista: 113


  • Alegria

    Rio Grande do Sul - RS

    Histórico

    Muito antes de ser município, Alegria foi habitada por índios. Francisco Correa Taborda, casado com Josefina dos Reis Taborda, foi o primeiro morador de toda esta região do Inhacorá, constituída depois por Três Vendas do Inhacorá, Alegria e Rincão das Bandeiras. Antes dele só haviam índios.

    O Sr. Francisco Correa Taborda, Alferes da Guerra dos Farrapos, recebeu após a guerra uma grande área de terras em Cascavel no Estado do Paraná. Um companheiro seu recebeu, na mesma época, uma área proporcional na região do Inhacorá. Temendo os índios resolveu trocar esta área com o Sr. Francisco Correa Taborda, que foi incumbido de civilizar os índios. Recebeu uma área de terras correspondente a 18 km por 21 km. Iniciava, essa área, além de Três Vendas do Inhacorá, onde fica atualmente a ponte sobre o Rio Buricá na direção de Santo Ângelo; a mesma estendia-se por Alegria (de hoje) até além do Lajeado Engenho e o outro lado do Buricá.

    Toda a região era então povoada por índios denominados do Queixo Furado. Através do queixo furado, esses índios assoviavam muito forte. Seus assovios eram ouvidos a uma distância superior a duas léguas. Conforme o tipo de assovio, os companheiros sabiam do que se tratava. Possuíam muitas flechas e instrumentos de sopro. Gritavam e cantavam muito.

    Nesta época havia muita caça: o porco do mato, a anta, o tigre, eram animais vistos quase que diariamente.

    Francisco Correa Taborda teve que lutar seguidas vezes com os índios. Num destes ataques dos índios ao acampamento de Francisco Taborda, sua esposa, D. Josefina foi gravemente ferida por uma flecha. Após esse acontecimento não quis mais morar na região. Resolveu mudar-se para a região de Cruz Alta. Antes de partir, repartiu a terra para seus dois filhos: João Correa Taborda e Vicente Taborda.

    João Correa Taborda casou-se e ficou sempre residindo onde fica atualmente a residência do Sr. Joel Pires. Recebeu uma grande área de terras, desde a ponte, além de Três Vendas do Inhacorá, indo-se para Santo Angelo, até Alegria e Lajeado Engenho.

    Vicente Taborda residiu onde morava o Sr. Ataíde Pires. Casado havia apenas doze dias, João Correa Taborda foi para a Guerra do Paraguai, ausentando-se por dez anos de casa.

    Em certa ocasião, os índios atacaram a casa de Vicente Taborda. Travou-se uma grande batalha que durou vários dias. No final os brancos venceram. Em sinal de vitória hasteou uma bandeira, surgindo assim o nome de Rincão das Bandeiras para aquela região. Seu irmão João, ao saber deste acontecimento, organizou o "Baile da Alegria".

    Os índios do Queixo Furado retiraram-se para o centro do país. Ninguém conseguiu civilizá-los. Quando já estavam de retirada, uma parte da tribo invadiu a residência de João Correa Taborda. Gritavam e assoviavam muito. Permaneceram na propriedade durante três dias e três noites. O proprietário mandou matar um boi e deu-lhes. Comeram tudo, e se retiraram na mesma direção para onde haviam se dirigido os demais.

    Em troca dessa área os índios receberam uma boa parte em Coroados, hoje Santo Augusto, onde permaneceram somente alguns, já bem civilizados. Os índios do Queixo Furado não são mais encontrados nesta região.

    A história também conta que, já por volta de 1920 e 1940, foi surgindo o primeiro núcleo de moradores através da migração de agricultores alemães vindos da chamada Colônia Velha de Montenegro e que se somaram aos colonizadores poloneses oriundos de Ijuí. Entre eles estavam o escrivão Percival Becker, Francisco Rolim de Moura, Eduardo Aidman, Ceslau Sawitzki, José Secconi, Alberto Prauchner, Alberto Stadler, João Leffler, Fernando Kunkel, Augusto Kumkel, Emílio Ratzlaff e outros. Faustino Viana da Rosa, Pedro Viana da Rosa, e Santino Toledo residiam onde hoje é a atual sede do Município. Estavam aqui também os Senhores Chico Prestes, Pedro Freitas, Brasil Freitas, Gustavo Ritz, Casemiro Martini, Casimiro Kotchewiski, Lauriano Bueno, Joaquim Bento, Brizo Padilha, Nicolau Johann, Osório Ribeiro, Paulo Laichter, Salvador Ferreira, Germano Faifa, José Lemainski, Leopoldo Heck, Germano Ribel, José Matikoski, Gustavo Grupp e outros.

    A maioria das pessoas buscava uma vida melhor para seus familiares. Tudo era mato fechado em alguns pedaços de campo, capões e pequenas lavouras. Não existiam estradas, só picadas. Contudo, o solo era uma beleza, tudo o que se plantava dava. Era só jogar a semente na terra. O clima naquela época era melhor, segundo afirmações de antigos moradores.

    As terras pertenciam ao governo. O colono se instalava e, depois, requeria a posse da terra. Ao chegarem, os colonos encontraram poucas pessoas da mesma origem. Aqui moravam pessoas pobres, de pouca cultura, e caboclos em sua maioria.

    O processo de desmatamento ocorreu com a necessidade de aumentar a área para cultivar produtos como feijão, milho, alfafa, abóbora, mandioca e batata-doce para a subsistência da família e dos animais.

    O desmatamento era feito com machado, foice e serrote. A erva-mate que existia aqui era nativa e a moagem era feita de forma primitiva e em engenhos mais conhecidos como soques-de-erva, movidos por rodas d'água.

    As árvores eram queimadas; não existiam serrarias para beneficiá-las. Mais tarde, a madeira era serrada manualmente e aproveitada para a construção de casas. Uma parte era aproveitada para fabricar dormentes, tramas e palanques, vendidos para Ijuí, Catuípe e Santo Angelo.

    Os primeiros colonizadores sofreram muito nos primeiros anos, em todos os aspectos. Preocupavam-se inicialmente em construir suas casas que eram feitas de pau­roliço, chão batido e cobertas de capim, mais tarde de tabuinhas.

    Gentílico: alegriense

    Formação Administrativa

    Distrito criado com a denominação de Rincão da Alegria pela lei municipal nº 7, de 22-10-1959, subordinado ao município de Três de Maio.

    Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Rincão da Alegria figura no município de Três de Maio.

    Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.

    Elevado à categoria de município com a denominação de Alegria, pela lei estadual nº 8502, de 31-12-1987, desmembrado de Três de Maio e Chiapetta. Sede no antigo distrito de Alegria. Constituído de 2 distritos: Alegria e Espírito Santo, Ambos desmembrados de Três de Maio. Instalado em 01-01-1989.

    Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 2 distritos: Alegria e Espírito Santo.

    Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

    Alteração toponímica distrital

    Rincão de Alegria para simplesmente Alegria, alterado pela lei estadual nº 8502, de 31-12­1987.

    Fonte: IBGE

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