Quem nasce em Mazagão é mazaganense (gentílico)
Histórico: Mazagão é o Município que durante quase meio século, apenas os "capuchos de Santo Antonio" preservaram a integridade de sua região, através da catequese junto aos aguerridos índios Urubus.
Para as margens do Rio Mutucá mudou-se, em 1769, grande número de índios, originários do Rio Negro, com a incumbência de preparar terreno para o recebimento de colonos mazaganistas de Mauritânia (África). No ano seguinte, o povoado recebeu a denominação de Nova Mazagão, em homenagem a seus esperados colonizadores. De fato, em 1771 chegaram 163 famílias, trazidos pelos portugueses cristãos, do Marrocos/Mauritânia, quando da guerra com os mouros (muçulmanos), por questões religiosas, que procuraram se organizar nos moldes da pátria distante. Montou-se a primeira olaria. Os produtos agrícolas foram alvo de dedicação especial.
Considerando o difícil acesso a Mazagão, situada em estreito rio, foi a sede municipal transferida para a povoação de Vila Nova do Anauerapucu com o nome de Mazaganópolis. Posteriormente, veio a chamar-se Mazagão. Ficando a antiga com a denominação de Mazagão velho (hoje Distrito de mesmo nome).
Em 13 de setembro de 1943, o município passou a integrar o Território Federal do Amapá, desligando-se do Estado do Pará.
O município foi criado em 23 de janeiro de 1770, tendo sua sede sido elevada à categoria de vila. Em 1833 foi anexado ao Município de Macapá, com a categoria de freguesia; teve seu topônimo modificado para o de Regeneração. A sua autonomia foi reconquistada em 1841, voltando a denominar-se Mazagão. A sede municipal recebeu foros de cidade por força da Lei Provincial no 1.334, de 19 de abril de 1888, instalada a 10 de maio seguinte.
A Lei municipal no 46, de 9 de julho de 1915, aprovada pela Lei estadual no 1.471, de 14 de outubro do mesmo ano, transferiu a sede municipal para a povoação de Vila Nova do Anauerapucu, com o nome de Mazaganópolis.
E finalmente pelo Decreto Estadual no 226, de 28 de novembro de 1890, foi criada a Comarca de Mazagão e instalada sua sede (Mazagão) a 5 de março do ano seguinte.
Tendo como período chuvoso janeiro a julho. Temperatura máxima é de 38o C e mínima de 22o C.
Liga-se a Macapá, tanto por via fluvial como por via rodoviária.
Economia: Sua economia no Setor Primário está representado pela criação do gado bovino, bubalino, suíno, caprino, e eqüino, de galinha e da pesca. Possui também a cultura do feijão, do milho, batata-doce, banana, arroz, café, cana-de-açúcar, cacau. côco-da-baia, laranja, fumo, abacaxi e pimenta-do-reino.
No Setor Secundário, extração de fabricação de palmitos de açaí (Flórida e Equador), algumas serrarias, e fábrica de tijolos. Mas, possui entre outras riquezas, o ferro, o ouro, cromita, cassiterita, diamante e columbita, borracha, castanha-do-brasil, sementes oleaginosas, muita madeira de lei e animais silvestres.
No Terciário pequeno comércio (mercearias) e alguns bares.
Atração Turística: Como atração turística, comemora-se de 16 a 25 de julho a festa de São Tiago (padroeiro de Mazagão Velho - de onde se faz um translado até a Cidade de Mazagão, onde se dá continuidade a festa). É uma festa folclórica, quando são relembradas as lutas entre os mouros e cristãos. Que no desenrolar da batalhas em Mazagão (África), teria aparecido um cavaleiro lendário que derrotou os mouros.
Eventos Culturais: Comemoração em 13 de janeiro, data do aniversário da Cidade de Mazagão. E os festejos em agosto (15) para Nossa Senhora de Assunção, padroeira da Cidade. Além do festival da laranja no mês de agosto, bem como o festival do abacaxi na primeira semana do mês de setembro.
Fonte: SOUZA, Manoel Dorandins Costa de. A Evolução Política, Demográfica e Sócio-Econômica do Amapá. Coordenação do Curso de História. Universidade Federal do Amapá. Macapá/AP, 1995. 101 p. (trabalho de conclusão de curso)
Data de atualização: 30/09/2008
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