O nome Itanagra significa Pedra de Areia. A cidade já foi habitada por povos indígenas.
No mês de julho de 1842 saiu de Açu da Torre, uma expedição composta de quarenta e duas pessoas, tendo como chefe capitão e almoxarife do Barão da Torre Manoel Dias Gonçalves, quatro capatazes, trinta e sete escravos e cablocos nativos. Criaram o primeiro povoado em Sauípe e o segundo em Mucugê e em novembro do mesmo ano chegaram aqui e entraram em contato com os índios Tupi desta região. Foi escolhida para acampamento a hoje Praça Eurico de Freitas . Fizeram as primeiras roçagens e se instalaram para os primeiro plantios de cana-de-açúcar e deram o primeiro nome ao local: Cipó das Cabaças, isso devido à grande quantidade de cipó reinante e também ao grande cultivo de enormes cabaças pelos índios que serviam para guardarem farinha de mandioca e para enterro fúnebre. Esta expedição tinha o objetivo de criar povoados da Barra do Rio Pojuca à Barra do Rio Real, até Grande Sesmarias. Após a chegada da expedição em cada lugar deste, os índios locais eram roubados e maltratados com trabalhos forçados e até mortos quando se rebelavam, o que fazia com que eles fugissem para outras regiões. O capitão Manoel Dias era muito violento, todos o temiam e os capatazes procuravam cumprir suas ordens a todo o preço. Aqui em Itanagra fizeram plantações de Cana-de-açúdar em alta escala e criaram o primeiro engenho movido a braços. O administrador que muito progrediu tinha o nome de Alexandre Alves e foi apelidado de Xixi. Na inauguração do engenho, mudou o nome do lugar de Cipó das Cabaças para Engenho do Cipó. Sendo que isso se deu 03 de novembro de 1943. O engenho foi instalado também na Praça principal Eurico de Freitas. Em 1844 foi levantada a hipótese de criação de um novo engenho em local mais adequado e , em 1845 foi iniciada uma escavação em Rio Azul, hoje Rio Piaba e em 1846 apesar dos esforços desprendidos, não deu ouvido a pouca queda passou a funcionar com apenas 50% do esperado. A instalação do segundo engenho foi próximo ao Rio Sauípe, hoje Fazenda Santa Helena. Em 1849, Alexandre alves construiu a Fazenda Olhos D'Água, na qual dedicou uma casa para sede da Fazenda Olhos D'Água para seu filho José Alves que começou a distribuir as terras com aqueles que desejassem construir novos engenhos aproveitando a força da água para movimentá-los. Surgem assim as fazendas: Taimbé do major Beumiro de Souza Gomes, Lontra do coronel Francelino, Perí do coronel Lauro Veloso, Jaqueira de José Ermenegildo de Souza e Tabatinga do coronel Aurélio Veloso. Em outras fazendas como sesmarias, Pau d'Arco, Mateus, Quizanga, Capivara, Machado, Mucuri, etc, anida restam sinais que lembram os engenhos, sezalas, ruínas das residências, igrejas, morões, cruzeiros (cruzes), etc. Foram quatro (4) engenhos que mais se destacaram: o da Fazenda Taimbé, o da Fazenda Olhos D'Água, o da Fazenda Lontra e o da Fazenda Perí. Vários foram os nomes conhecidos por este municípios: Cipó das Cabaças, Engenho do Cipó, Arraial do Cipó de Açu da Torre. Em 1938 recebu o nome de vila de Itanagra, que foi dado pelo desembargador José Martins de Almeida, então juiz de Direito da comarca que deu também significado da palavra ITANAGRA: ITA= pedra; NAGRA= areia. Então, ITANAGRA = pedra de areia. Em 30 de julho de 1962 foi elevado à categoria de cidade sem o nome de Itanagra. Itanagra já teve um comércio mais desenvolvido que o de hoje. Foi grande produtor de farinha de mandioca que vinha do povoado da Sesmaria, onde moravam aproximadamente 100 famílias. Produzia também: milho, feijão, fumo, açúcar mascavo, cachaça e verduras. Manadas de porcos saíam daqui para a fábrica de linguiças em Pojuca. Rebanhos imensos de carneiros eram criados e consumidos nas propriedades. Haviam também grandes rebanhos de bovinos e equinos. Quando os engenho e alambiques começaram a declinar começaram a surgir as primeiras indústrias ? A Fábrica de Aparas ? Aparas era o beneficiamento da mandioca lavrada e cortada em lascas secadas em estufas, moído e levada para Pojuca e de lá para o Moinho Salvador onde era misturada à farinha de trigo, para fabricação de pão, bolo e biscoito. Esta fábrica pertencia ao senhor Galileu Santos, e com ele trabalhavam muitos homens e mulheres, até ser destruído por um incêndio, funcionava onde hoje é o Posto de Saúde. Serraria e Comércio de Madeira Iguarate LTDA, pertencia ao Sr. Expedito Nogueira Sampaio. Está serraria com escritório bem organizado e, estruturado com três (3) rádios amadores um de n.º 597 que recebia as mensagens e outro de n.º 599, o circular que transmitia as mensagens cujo operador era o Sr. José João Oliveira Batista (João Maloca) e equipado com todas as máquinas necessárias. Na gestão do Sr. Emanuel foi construída uma casa de farinha motorizada cuja finalidade era atender as pessoas da comunidade a fim de que pudesse fazer sua própria farinha. Esta casa funcionava onde hoje é a creche Adelina Mascarenhas Gomes. A princípio Itanagra era iluminada por lampiões a gás (querosene) que ficavam em cima de postes de madeira de lei bem trabalhados. Haviam cerca de 30 postes que iam da Praça Eurico de Freitas até a imediação da Escola Professor Luis Navarro de Brito. Todos os dias às 18 horas o Sr. Epídio com sua escadinha acendia os lampiões. Depois desta fase veio o motor a diesel que funcionava das 18 às 22 horas, cujo eletricista de manutenção e assistente técnico era o Sr. Artur Francisco Barone, a quem Itanagra muito deve. Na gestão do Sr. Expedito Nogueira Sampaio chega finalmente a luz fornecida pela Coelba.
LUTA PELA EMANCIPAÇÃO
Em 1961, Antonio de Souza Gomes é convidado pelo Estadual Padre Luís Soares Palmeira para um encontro no Hotel Palace em salvador, a fim de tratar sobre a emancipação de Itanagra. Começa ai a luta pela emancipação, pois tinha como adversário político e deputado Enio Mendes que representa o Governador Lomanto Junior e que se conseguiu retirar do projeto de desmembramento as localidades de subaúma e Porto de Sauípe, mesmo já tendo consentimento dos prefeitos de Entre Rios Bacelar e do de Mata de São João e a aprovação das câmaras de vereadores das referidas localidades, a citada emancipação. O vereador Marcionílio de Souza Gomes, da comarca de Mata de São João requereu e obteve a integração total das referidas localidades ao desmembramento. Atentos e vigilantes, Antonio de Souza Gomes, Marcionílio de Souza Gomes e HelenaCoelho Gomes acompanhavam de perto, até altas horas da noite os acirrados debates entre Padre Luís Soares Palmeira e Enio Mendes. Finalmente, no dia 30 de julho de 1962 para alegria da população itanagrense e de todos aqueles que com desvelo lutaram em prol desta causa, o desembargador Adalício Nogueira, governador interino do Estado da Bahia assina a Lei Estadual n.º 1767, de 30 de julho de 1962,publicada no D.O. De 31 de julho de 1962, que cria o município de ITANAGRA, desmembrando-o dos de Mata de São João e Entre Rios. Pela Lei de n.º 1767 de 30 de julho de 1962, foi criado o município, com território do distrito de Itanagra e parte do território de Açu da Torre, desmembrado do município da Mata de São João, e com parte dos territórios do extinto Distrito de Cambuis e de Subaúma desmembrado este do município Entre Rios com denominação de Itanagra. Itanagra integra a microregião 14ª do litoral Norte Baiano e limita-se ao norte com Araçás e Entre Rios, ao Sul com Mata de São João e ao Oeste com Araçás, Pojuca, e Mata de São João.
HISTÓRICO DA BANDEIRA DE ITANAGRA
A bandeira de Itanagra foi criada na gestão do prefeito Arivaldo de Souza Gomes que designou uma comissão composta por três professoras: Ana Maria Gomes, Valda Câmara Gomes e Maria Rita dos Santos Oliveira, para que realizassem e protegessem o desenho da bandeira da nossa cidade. Juntas elas decidiram pelas cores azul, branco e verde e uma folha de mandioca no meio da parte branca, na parte superior, o azul representando o céu infinito. No centro branco, representando a paz, a harmonia e a tranquilidade que essas educadoras almejavam que houvessem em nosso município. No meio da parte branca, uma palma de mandioca, alimento básico da população itanagrense, plantada em longa escala por pessoas carentes, em seus próprios pedaços de terra ou de meia com os proprietários de fazendas. Na parte inferior, verde representando nossas matas e a esperança de um futuro melhor mais promissor.
HISTÓRICO DO HINO DE ITANAGRA LETRA ? Antonio Rocha Antonio Rocha ? professor, poeta e jornalista, pertencia a Academia Castro Alves de Letras da Bahia. Foi por muitos anos professor em Mata de São João onde residia. MÚSICA ? Hygino de Freitas Melo Hygino de Freitas Melo, o popular Gino Freitas, militar, músico do antigo ginásio onde hoje funciona a escola Dr. Isaías Alves, cantor de música popular dos programas da tv Itapoan, da Rádio Sociedade da Bahia.
HINO DE ITANAGRA
Oh! Minha cidade encantadora Feita só de amor e céu de anil Também és a rainha mais linda e sedutora E está no coração do meu Brasil.
Hoje em teus fastijo de cidade Tens os filhos teus no coração E é com muita fé e com muita amizade que te dizemos plenos de emoção.
ÈS DITOSA, MINHA TERRA, COMO ÈS BELA! COMO DELIRA DE ALEGRIA O NOSSO PEITO ÒH ITANAGRA! ÈS TÃO LÍNDA TÃO SINGELA, TÃO BONITA QUE TE JURAMOS NOSSA ETERNA ADOTAÇÃO.
Consagrada tens em relicário, Tua liberdade sem favor Foi Deus que pôs mais continha em teu rosário De luz, de conquista e de labor.
Vendo-te sublime na jornada Pra consolidar ao teu porvir Mandou o céu te abençoar e aqui contigo Felizes sempre a refletir.
ÈS DITOSA, MINHA TERRA, COMO ÈS BELA! COMO DELIRA DE ALEGRIA O NOSSO PEITO ÒH ITANAGRA! ÈS TÃO LÍNDA TÃO SINGELA, TÃO BONITA QUE TE JURAMOS NOSSA ETERNA ADOTAÇÃO. LETRA ? Antonio Rocha MÚSICA - Hygino Freitas Mello
Fonte: WIKIPEDIA
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