Bahia - BA
Histórico
No ano de 1596, o território era percorrido pelo bandeirante Belchior Dias Moréa, encontrando, sob as frondosas árvores do Juazeiro, os mascates e tropeiros que descansavam e ouviam as histórias dos índios Tamoqueus, Guaisquais, Galache e outras tribos da nação Cariri, primeiros habitantes dessas paragens.
A pequena aglomeração iniciada como ?Passagem do Juazeiro?, povoava-se de casas de taipa e taperas, tendo suas terras incluídas nos domínios da Casa da Torre dos Garcias D?Ávilas, propiciando as condições de nascimento do primeiro povoado que nos deu origem, ainda no século XX.
Empenhados na catequese, chegaram, em 1706, os franciscanos, aldeando os índios Tamoquins, instalando assim a Missão Franciscana. Nessa consolidação, foi edificada uma capela e o convento onde hoje se situa a Rua 15 de novembro, no centro da cidade.
Um índio vaqueiro à procura de tresmalhada encontra nas grotas do rio (imediações da vila Amália) uma imagem de Nossa Senhora, talhada em madeira e a conduz à presença dos capuchinhos franciscanos. Colocada em nicho na primeira igreja construída em 1710, local da atual Catedral de Nossa Senhora das Grotas, padroeira de Juazeiro (BA), o fato foi logo aceito como um milagre e motivo para as crentes romarias.
A missão de Juazeiro foi elevada à categoria de julgado, sob a jurisdição da Comarca de Jacobina no ano de 1766, quando já contava com 156 casas. Em 09 de maio de 1833, o povoado passou à vila, desmembrando-se do município de Sento Sé. Sua primeira Câmara Municipal foi instalada a 11 de junho de 1834, e, apesar das dificuldades, procuraram realizar um trabalho organizado, deixando um honroso legado político com o 1º presidente da Câmara, Francisco de Paula Pita.
Durante 45 anos, Juazeiro viveu sua existência de vila com escola primária, agências de correios, coletoria; assistiu à descida do Vapor Saldanha Marinho (1871), pelas águas do São Francisco, e vibrou com a promulgação da lei que autorizava a construção da Estrada de Ferro do São Francisco.
Em 15 de julho de 1878, a vila de Juazeiro, foi elevada à categoria de cidade por força de lei nº 1814, e daí por diante o presidente da Câmara, Sr. Francisco Martins Duarte, assumiu função executiva como o primeiro Prefeito de Juazeiro (BA).
Da passagem de tropeiros para a capital nacional da irrigação muita coisa mudou, mas o espírito hospitaleiro do seu povo continua o mesmo. Seu nome veio da árvore do Juazeiro, uma planta forte e medicinal que assim como o município resiste às intempéries.
Desde a ocupação do mediterrâneo baiano, Juazeiro destaca-se na liderança regional, sem perder qualquer conteúdo de sua tríplice identidade. A terra e o povo ao mesmo tempo baianos e são franciscanos, permanecem fiéis ao seu compromisso com a nordestinação.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Juazeiro, pela lei provincial nº 114, de 26-03-1840.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Juazeiro, entre os anos de 1766 e 1768 ou em 09-05-1833.
Pela lei provincial nº 470, de 25-04-1853, foram criados os distritos de Caraibinhas, Curaçá Pequeno e Salitre e anexados ao município de Juazeiro.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Juazeiro, pela lei provincial nº 1814, de 15-07-1878.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, ao ano de 1911, o município é constituído de 4 distritos: Juazeiro, Caraibinha (ex-Caraibinha), Curaçá Pequeno e Salitre.
Pela lei municipal nº 67, de 31-08-1920, aprovada pela lei estadual nº 1717, de 31-07-1924 o distrito de Curaçá Pequeno tomou o nome de Pedra Branca.
Pela lei municipal nº9, de 31-08-1920, aprovada pela lei estadual nº 1717, de 31-07-1924, é criado o distrito de Junco (ex-localidade de Arraial de Campo dos Cavalos) o distrito de Curaçá Pequeno tomou o nome de Pedra Branca.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município aparece constituído de 6 distritos: Juazeiro, Caraibinha, Junco, Pedra Branca (ex-Curaçá Pequeno), Rancharia e Salitre.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 4 distritos: Juazeiro, Caraibinha, Junco e Pedra Branca.
Em divisões territoriais datadas de 3-1-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 5 distritos: Juazeiro, Caraibinha, Junco, Massaroca e Pedra Branca.
Pelo decreto estadual nº 11089, de 30-11-1938, o distrito de Caraibinhas tomou a denominação de Jurema.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Juazeiro, Itamotinga, Junco, Jurema e Massaroca.
Pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 01-06-1944, o distrito de Jurema tomou a denominação de Juremal.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.
Pela lei estadual nº 628, 30-12-1953, é criado o distrito de Carnaíba do Sertão (ex-povoado de Carnaiba) e anexado ao município de Juazeiro.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6 distritos: Juazeiro, Carnaíba do Sertão, Itamotinga, Junco, Juremal (ex-Juremal) e Massaroca.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.
Pela lei estadual nº 4038, de 14-05-1982, é criado o distrito de Abóbora (ex-povoado) e anexado ao município de Juazeiro.
Pela lei estadual nº 4046, de 14-05-1982, é criado o distrito de Pinhões (ex-povoado) e anexado ao município de Juazeiro.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 8 distritos: Juazeiro, Abóbora, Carnaíba do Sertão, Itamotinga, Junco, Juremal, Massaroca e Pinhões.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: Prefeitura Municipal de Juazeiro da Bahia
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