Bahia ? BA
Histórico
A descoberta do fertilíssimo Vale do Rio Utinga data de 1551, com as missões catequéticas dos jesuítas, iniciando-se aí o povoamento da região com o aparecimento das primeiras fazendas de criação. De 1843 à 1846, o Pe. Benigno José de Carvalho e Cunha, vigário de Campestre, financiado pelo Instituto de Geografia do Rio de Janeiro, viajou por todo o Vale do Rio Utinga com a finalidade de exploração, mas, tendo como objetivo principal, encontrar uma cidade abandonada. Porém, tudo o que encontrou por aqui, foram muitos quilombos de valentes e perigosos negros, fugidos das fazendas e que povoavam e cultivava o Vale do Rio Mocambo.
Com o fulgor das minas de diamante de Lençóis e Estiva descoberta em 1840, surgiu às margens do Rio Mocambo, um Arraial de casinhas, que foi chamado de Palha e que servia de pouso aos viajantes que iam para as Lavras Diamantinas ou de lá voltavam com o destino à Jacobina, Morro do Chapéu ou Orobó. O povoado de Palha, veio a servir mais tarde, de reduto de malfeitores, chefiado por Hermenegindo de Souza Santos. Por isso, as forças do Estado foram obrigadas a intervir, culminando com a destruição do Povoamento pelas tropas comandadas pelo Tenente Bitencour que incendiaram o Arraial em 1905.
A sua reconstrução, não tardou, desta vez, em terras cedidas por Joviniano Bastos e os irmãos Izidoro e Manoel de Souza Santos. Nasce assim, o Arraial de Bela Vista de Utinga com material melhor e casas de telhas formadas pela Praça Dias Coelho e uma rua que descia para o Rio Mocambo.
O comércio cresceu e foi levantado um barracão na Praça Dias Coelho. Era imensa a fartura e tudo era barato. Da Bela Vista, saiam lotes de burros para todas as regiões levando os produtos do Vale do Rio Utinga. Em 1933, o Decreto de Getúlio Vargas, criando o Instituto do Álcool e do Açúcar veio descontrolar a economia de toda a região. Os engenhos foram calando, a vida de todos piorando e começou o grande êxodo, principalmente para a grande São Paulo.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Bela Vista de Utinga, pela Lei Municipal n.º 97, de 11-04-1916, aprovada pela Lei Estadual n.º 1.209, de 02-08-1917, subordinado ao município de Morro do Chapéu.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o distrito de Bela Vista de Utinga, figura no município de Morro do Chapéu.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 11.089, de 30-11-1938, o distrito de Bela Vista de Utinga passou a denominar-se simplesmente Bela Vista.
No quadro fixado para vigorar no período de 9139-1943, o distrito de Utinga (ex-Bela Vista de Utinga), figura no município de Morro do Chapéu.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 141, de 31-12-1943, retificado pelo Decreto Estadual n.º 12.978, de 01-06-1944, os distritos de Bela Vista passou a denominar-se Utinga.
Pela Lei Estadual n.º 550, de 27-04-1953, desmembra do município de Morro do Chapéu o distrito de Utinga. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 628, de 30-12-1953, Utinga adquiriu do município de Morro do Chapéu o distrito de Riachão do Utinga.
Em divisão o territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Utinga e Riachão do Utinga.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.
Pela Lei Estadual n.º 4.031, de 14-05-1982, é criado o distrito de Bonito e anexado ao município de Utinga.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 3 distritos: Utinga, Bonito e Riachão do Utinga.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988.
Pela Lei Estadual n.º 5.021, de 13-06-1989, desmembra do município de Utinga o distrito de Bonito. Elevado à categoria de município.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1993, o município é constituído de 2 distritos: Utinga e Riachão do Utinga.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: Prefeitura Municipal
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