Paraná - PR
Histórico
A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, com sede em São Paulo e filiais em Maringá e Londrina, deu início à implantação do povoado de Santo Antônio do Caiuá, em 12/12/51, determinando a planta da cidade, que inicialmente foi denominada de Patrimônio Santo Antônio do Caiuá, sob responsabilidade administrativa do município mais próximo que era Mandaguari.
Em 1953, Santo Antônio do Caiuá passou à jurisdição do recém criado Município de Nova Esperança.
Em marco de 1954, passou à jurisdição do município de Alto Paraná, e em 31/01/56 passou a subordinar-se administrativamente a São João do Caiuá.
Os pioneiros da colonização foram os irmãos Silvio Rubens, Luiz Carlos e Alberto Luiz Monteiro Carneiro. Em seguida chegaram as famílias de Hagem Schoerock, José Maria Alves, Primo Rossato e Domenico Ernesto Carniel.
Na área rural, as primeiras clareiras na mata foram abertas pelas famílias de Antonio Sobrinho, Sebastião Sobrinho, José Xavier de Carvalho, Natal Piastrelli, Rafael Schenatto, Willy Hardth, Arlindo dos Santos, José Maria Portes e José Penna.
Pela Lei Estadual nº 4338 de 25 de janeiro de 1961, foi criado o Município de Santo Antônio do Caiuá, com território desmembrado de São João do Caiuá. A instalação oficial ocorreu no dia 25/11/61.
O processo de ocupação do norte paranaense, que se desenvolveu a partir de 1925, deu-se segundo uma estratégia que visava maximizar oportunidades a custos menores, seguindo o seguinte esquema: implantação de um eixo rodoferroviário, objetivando o escoamento da produção regional, devidamente conectado ao sistema viário do Estado de São Paulo; implantação de uma rede viária subsidiária que permitiria maior acessibilidade das propriedades agrícolas ao supracitado eixo rodo ferroviário.
A concentração de tal estratégia implicou na ocupação de divisores d'água ou espigões, pois o volume de recursos a serem investidos no sistema viário seria menor, em virtude da redução do volume de terra a ser movimentado na implantação de estradas e caminhos.
A organização espacial urbana que derivou desse processo de ocupação gerou condições de concentração e relações de dependência. Na atualidade, um grande número de áreas urbanas não apresenta características mínimas para atender as primeiras necessidades de sua população; assim, mantidas essas condições de instabilidade, as pequenas cidades tendem a perder população.
Por outro lado um pequeno número de cidades passou a concentrar parcelas significativas da população urbana, do comércio e dos serviços, como também, a apresentar um relativo grau de industrialização, com o aproveitamento de matérias primas da região. Estas cidades apresentaram e apresentam mais atrativos para novos investimentos mantendo uma situação que, somada às cidades maiores já consolidadas, vem a se constituir em fator de restrição para o desenvolvimento dos demais núcleos urbanos da região.
O noroeste do Paraná, então coberto de florestas, teve na lavoura de café, o seu principal propulsor econômico, mantendo esse produto muitos anos, uma situação hegemônica.
Com a expansão da lavoura cafeeira, vieram outros cultivos que, em primeira instância se prestaram ao sustento da população que passou a lidar com o café. Mas o aumento desse contingente, a consolidação de alguns assentamentos urbanos regionais e a intensa urbanização de alguns centros nacionais, significaram um aumento bastante significativo na demanda por alimentos, que abriu novas oportunidades para culturas de subsistência (milho, arroz e feijão); posteriormente, a crescente demanda por insumos indústriais de origem agrícola (algodão, soja, amendoim), constituiu-se em outra frente de produção para o Noroeste e Norte do Estado.
Na medida que o café sofria com as geadas, os produtores alternavam com outros cultivos, procurando compensar os prejuízos, ainda que parcialmente; isto permitiu a formação de excedentes físicos de tais lavouras, que em algumas áreas da região passaram a ser tão importantes quanto o café.
Em virtude da reestruturação dos usos da terra, os pastos ocuparam, a partir de 1975, 71% da área total dos estabelecimentos rurais, vindo efetivamente desenvolver a pecuária na região.
Etimologicamente, Caiuá provém do guarani "cai" "guara", ou seja, "o que habita os montes". Caiuá , Caaguá ou Cainguás são variantes do nome dos índios guaranis da margem esquerda do Rio Paraguai. Os índios Caiuás atualmente habitam uma região a oito quilômetros de Dourados, Mato Grosso do Sul.
Fonte: Prefeitura Municipal de Santo Antonio do Caiuá (PR); IBGE
Data de atualização: 06/01/2009
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