ASPECTOS HISTÓRICOS:
Ficou esabelecido em 1885 pelo Governo Imperial de D. Pedro II que durante o período de 1886/1887 seria criado um núcleo de colonização na margem direita do Rio das Antas. Nomeou então uma comissão para fazer o traçado, separando ao nordeste do Rio das Antas as chamadas "Terras Particulares".
Este núcleo não tinha nome, por isso, o Bacharel Manoel Barata Góis, engenheiro-chefe da Comissão de Medição de Lotes, sugeriu e solicitou que fosse dado à nova colônia o nome de Antônio Prado, em homenagem a Antônio da Silva Prado, fazendeiro paulista, que como Ministro da Agricultura da época promoveu a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil e instalou núcleos coloniais no Rio Grande do Sul. Foi feita logo a delimitação da área onde deveria surgir a nova colônia italiana - hoje, o Município de Antonio Prado.
Em princípios de 1886, o agricultor italiano Camilo Marcantônio, abriu um caminho no denominado "Passo do Simão", na direção norte, até atingir a atual linha Silva Tavares. Com o estabelecimento dos primeiros colonos, fundou-se a Colônia de Antonio Prado, nome dado em homenagem ao conselheiro paulista Antonio da Silva Prado. Em junho. os irmãos Sisino e Anibale Kursel começaram o desmatamento, fazendo a primeira semeadura; em outubro, os irmãos Giacomo e Giovani Seben estabeleceram-se no interior da floresta - atualmente, Linha Almeida.
Em 1887, como aumentasse a afluência de agricultores, com sues famílias, o governo fez construir um grande barracão, dando-lhe o nome de "Casa do Imigrante". Com a queda do Partido Conservador, em setembro, o engenheiro Dr. Barata Góis. chefe da Comissão de Terras e Colonização, foi substituído pelo engenheiro Dr. Francisco Jasmin da Silva Guerra, que continuou, com especial interesse, os trabalhos de colonização. Às margens do Arroio do Inferno (nome que ainda hoje conserva devido a sua grande profundidade), Giovani D'Ambros inaugurou o primeiro moinho hidráulico.
Diversas famílias de agricultores internadas na Linha Dez de Julho, construíram em 1888 uma capela; e Antonio Longo a primeira casa de moradia dentro dos limites urbanos. Logo chegou também
o primeiro médico da nova colônia, o Dr. Tedoldi Martinho.
Para facilitar a subsistência dos agricultores e evitar especulações, foi organizada no ano seguinte uma cooperativa de consumo. Também foi iniciada a construção de uma estrada desde o Passo do Simão, no rio das Antas, até a sede da então colônia.
Em 1890 a colônia de Antonio Prado passou a fazer parte do Município de Vacaria, permanecendo assim durante nove anos. A primeira Agência Postal foi criada no ano seguinte. Pelo Ato 372, de 22 de outubro de 1892, Antônio Prado passou a constituir o 4.º distrito de Vacaria. Em 26 de setembro do mesmo ano, pelo Ato n.º 66, Antônio Prado passou a ser o 5.º distrito de Vacaria.
Formação Administrativa
Em 1899, a 11 de fevereiro, o Governador do Estado, Dr. Júlio Prates de Castilhos, separou Antônio Prado de Vacaria, constituindo-o em Município autônomo, sendo sua instalação em 25 de maio do mesmo ano. A 11 de março, foi nomeado Juiz Distrital o cidadão Francisco Marcantônio. A 13 de março, pelo Decreto n.º 232, do Governo do Estado, criou-se a Coletoria Estadual. Para administrar a nova comuna, foi nomeado o Coronel Inocêncio de Matos Miller. A 1.º de agosto verificaram-se as primeiras eleições municipais para Intendente e para o Conselho Municipal.
Em 1944, pelo Decreto lei n.º 720, foi criada a Comarca de Antônio Prado, até então termo de Caxias do Sul.
Segundo a Divisão Territorial do Brasil vigente em 31 de dezembro de 1958, o Município era formado de 2 distritos: Antônio Prado e Nova Roma.
Atualmente o município conta com dois distritos: sede (Antônio Prado) e Santana.
Fonte: IBGE
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