Contam os mais antigos, que a história desta localidade teve início há mais ou menos duzentos anos, quando um Capitão do Exército do Estado de São Paulo, chamado Francisco Silvestre Ribeiro, comprometido com a lei, refugiou-se com mais alguns companheiros no lugar, então mato cerrado, onde derrubou o matagal existente e construiu um pequeno acampamento que ficou conhecido como o "Gramado de Capitão". Não se sabe ao certo quanto tempo o Capitão e sua equipe permaneceram no local. Conforme depoimentos que vêm sendo transmitidos, sabe-se que, para proteger seu acampamento, este Capitão tinha três grandes cachorros, que morreram e foram enterrados nas proximidades do acampamento. Na cova de cada cachorro o Capitão plantou um pinheiro. Estes pinheiros cresceram e foram derrubados há aproximadamente 50 anos.
Uma segunda versão para o nome de "Capitão", seria por causa de um enorme tronco mestre de uma cerca, um respeitável palanque ou capitão de cerca que havia na vila, ao lado de um frondoso salseiro, onde os tropeiros costumavam sestear quando de suas passagens com as tropas.
Por volta de 1850, inicia efetivamente a colonização destas terras. Os imigrantes alemães Nicolau Ames, Henrique Hartmann, Marcos Bioeu, Mathias Gregori e suas famílias, estabeleceram-se há menos de dois quilômetros do gramado do Capitão (para o lado de Alto Palmas). João Batista Gasparotto, Luciano Delarezi, Estéfano Giaretta e suas famílias estabeleceram-se a três quilômetros do gramado do Capitão (para o lado de Marinheira). Cornélio Rizzi e sua família estabeleceram-se a dois quilômetros do gramado do Capitão (na estrada Geral para Arroio do Meio). Damiano Fachini e sua família, juntamente com outras famílias, estabeleceram-se distantes três quilômetros do gramado do Capitão (para o lado de linha Zanotelli). Damiano Tramontine e sua família estabeleceram-se há três quilômetros do gramado do Capitão para o lado de Linha Argola.
Estes cinco núcleos se projetavam há dois ou três quilômetros de distância, em sentidos diferentes, mas sempre contornando o Gramado de Capitão, que era um ponto de referência. O local ainda deserto e coberto por extensos matagais tinha como únicos meios de acesso as trilhas e os piques, que eram construídos com grandes dificuldades entre os núcleos fundadores.
Em 16 de março de 1990, iniciou-se o movimento emancipacionista de Capitão, tendo sido eleita uma Comissão de Emancipação, formada por mais de 60 pessoas, líderes de todas as comunidades pertencentes ao Distrito.
No dia 20 de março de 1992, através da lei Estadual de nº 9.561/92, foi criado o município de Capitão, durante o governo de Alceu Collares.
No dia 3 de outubro do mesmo ano de 1992 foi realizada a primeira eleição Municipal, para eleger o primeiro Prefeito Municipal e a primeira Câmara Municipal de Vereadores de Capitão.
CARACTERÍSTICAS
A população total do município era de 2.595 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (Contagem 2007).
Sua Área é de 74,62 km² representando 0.0278% do Estado, 0.0132% da Região e 0.0009% de todo o território brasileiro.
Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.788 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000)
Microrregião: Lajeado-Estrela
Mesorregião: Centro Oriental Rio-Grandense
Altitude da Sede: 465 m
Distância à Capital: 112,16Km
Acesso: RS 130 / Estrada Vicinal Colonização Italiana e Alemã
Data da fundação: 20/03/1992
Ano de Instalação: 1993
Gentílico: Capitanense.
- Aspectos Físicos
O município integra a região da Encosta Inferior do Nordeste, a uma altitude aproximada de 467 m. O clima é tropical úmido, é ameno com temperatura média entre 18º e 20º C, com chuvas abundantes, geadas fortes de maio a setembro e nevoeiros freqüentes. O relevo é montanhoso, com predominância de matas (nativas e artificiais). Há belas quedas d'água como a Cascata do Emílio, a Gruta Nossa Senhora de Lourdes e o Salto do Lixuim.
- Economia
Está baseada principalmente no setor primário. Inicialmente instalou-se a COOPAVE, uma Cooperativa que trabalhava com matrizes para a criação de pintos, extinta alguns anos depois. Por volta de 1985, a empresa AVIPAL adquiriu as propriedades da ex-COOPAVE, que incrementou o setor. Atualmente a AVIPAL opera com 44 aviários, produzindo uma média de 100.000 ovos/dia.
A produção anual de aves de corte é de aproximadamente 2.600.000 cabeças, distribuídas em 55 aviários, envolvendo 42 criadores integrados às empresas AVIPAL, MINUANO e DOUX FRONGOSUL.
A suinocultura é outro setor bastante desenvolvido, produzindo em média 48.000 leitões/ano, com 1920 matrizes.
São terminados em torno de 49.000 cabeças/ano, por 51 produtores integrados às empresas DOUX FRANGOSUL, AVIPAL e COSUEL (Cooperativa dos Suinocultores de Encantado Ltda.)
A produção anual de leite gira em torno de 1.400.000 litros de leite, comercializados por 80 produtores, que possuem aproximadamente 700 cabeças.
Grande parte das terras é montanhosa e de difícil manejo, por isso os agricultores investem muito em reflorestamento, significando hoje, 20% da área do município. A produção envolve em torno de 1500 famílias em 1500 hectares de reflorestamento.
Das culturas temporárias destacam-se a produção de milho, em torno de 36.000 sacas de 60 Kg e o feijão com 5.000 sacas de 60 kg.
Participação das Atividades na Economia:
Agropecuária: 87,62%
Indústria Beneficiária: 7,19 %
Serviços: 3,37 %
Comércio Varejista: 1,54 %
Indústria de Extração Mineral: 0,18 %
Comércio Atacadista: 0,08 %
Indústria de Transformação: 0,02 %
Fonte: FAMURS PNUD PREFEITURA MUNICIPAL IBGE SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA
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