Rio Grande do Sul - RS
Histórico
A região onde está assentado o município de Santa Rosa foi tardiamente incorporada ao Rio Grande do Sul. Habitada por índios do grupo tape, gês guaranizados, em 1626 sofreu a influência de jesuítas espanhóis, que fundaram um cordão de reduções dos bandeirantes paulistas, de 1636 a 1638.
Retornaram os jesuítas em 1682, quando fundam os Sete Povos das Missões Orientais. De 1752 a 1757 tropas espanholas e portuguesas lutarão no sentido de expulsar os jesuítas do território à margem esquerda do Uruguai, em cumprimento do Tratado de Madrid, assinado a 13 de janeiro de 1750, por representantes dos dois países ibéricos, pelo qual a Colônia do Sacramento era trocada pelas Missões Orientais.
Os espanhóis ficaram dominando a região até 1801, ano em que Manoel dos Santos Pedroso e José Borges do Canto investem contra os castelhanos, contando tão somente com 40 milicianos. A partir de então, o Estado meridional do Brasil teve asseguradas suas fronteiras atuais.
A Província das Missões passou sucessivamente pelos termos de Porto Alegre, Rio Pardo, Cruz Alta e Santo Ângelo.
Por Lei provincial nº 835, de 22 de março de 1873, era criado o município de Santo Ângelo. Dividia-se então Santo Ângelo em quatro distritos; em 1876 o primeiro, Santo Ângelo, era desdobrado em dois com esse nome e o outro com o de Santa Rosa.
Em 1880 Santo Ângelo perdia a área do seu 5º distrito, São Luís Gonzaga, que se constituiu em município autônomo.
O segundo distrito, Santa Rosa, não tinha características de importância demográfica ou ecomômica até 1915, ano em que é criada uma Colônia com mesmo nome. Vinham elementos alemães e italianos, provenientes das chamadas Colônias Velhas, em conseqüÊncia das necessidades de desdobramento das famílias e procura de terras novas e ricas para a agricultura.
Obedecendo a um plano governamental previamente estabelecido, o povoamento também fora previsto, sendo criada a sede provisória, denominada "14 de Julho", que é hoje a cidade e sede do município de Santa Rosa. Quase metade dos povoadores era de origem germânica, seguindo-se em importância os elementos italianos, nacionais e polacos. Os nacionais eram caboclos entrosados e moradores das imediações e municípios vizinhos, que acorreram ao florescente núcleo "14 de Julho".
O povoado, edificado, a título provisório, na bacia compreendida pelos arroios Pessegueiro e Pessegueirinho, cresceu rapidamente.
A agricultura ocupou vastas regiões até então virgens, e a assombrosa fertilidade do solo permitiu inusitadas colheitas.
Com o tempo, foram chegando elementos de outras procedências, como russos e japoneses.
Surge o movimento emancipacionista. As colônias de Santa Rosa, Boa Vista e Guarani pedem para se constituírem em municípios. A população abrangida dentro desses territórios era de 35000 habitantes; o comércio e indústria erm pujantes.
Pelo Decreto estadual nº 4823, de 1º de julho de 1931 ficava criado o município de Santa Rosa, com sede em 14 de Julho, que também passou a denominar-se Santa Rosa.
O novo município prosperou rapidamente.
Instalado a 9 de agosto de 1931, foi investido das funções de Prefeito o Dr. Artur Ambros, então Chefe da Comissão de Terras e Colonização local.
A 12 de maio de 1940 Santa Rosa era ligada a Santo Ângelo, pela ferrovia, obra a cargo de Dahme, Conceição e Cia.
O município de Santa Rosa seria despojado de mais de metade da sua superfície pelo desmembramento desses quatro distritos, sendo que, em 1954, se emanciparam, constituindo-se em municípios: Horizontina Três de Maio, e, em 1955, Porto Lucena e snto Cristo.
Fonte: Bibliografia - Município de Santa Rosa - Vicente Cardoso. O Rio Grande do Sul - Alfredo R. da Costa.
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