A história de Teutônia está relacionada com a da imigração alemã, iniciada em 1824, com a criação da Colônia Alemã de São Leopoldo e a chegada dos primeiros colonizadores. Antes disso, a região era ocupada por indígenas da tribo Guaianazes, pertencentes à nação Tupi-guarani.
A idéia de criar a Colônia de Teutônia foi do comerciante atacadista Carlos Schilling que, em 1858, adquiriu terras devolutas para dar início ao seu projeto. Logo iniciou a venda de lotes, cada um com 500 braças quadradas. Para fazer frente às crescentes despesas do investimento, Carlos Schilling criou, junto com outros sócios, a "Empresa Colonizadora Carlos Schilling, Lothar de la Rue, Jacob Rech, Guilherme Kopp e Companhia". Em 26 de novembro de 1861, esta empresa adquiria mais uma área de terra para o acesso a nova colônia. Área esta pertencente ao então município de Taquari. Em 1862 a referida empresa nomeou o agrimensor Lothar de la Rue como diretor da Colônia, com o objetivo, entre outros, de executar os serviços de medição das terras.
Durante a Guerra do Paraguai, uma comissão de suíços e alemães, estabelecidos na província argentina de Corrientes, sem esperança de prosperar, percorreu os núcleos coloniais do Rio Grande do Sul, optando por transferir-se para a Colônia de Teutônia.
Nos anos de 1865/1866 chegaram a Teutônia os primeiros colonos, boa parte vinda da antiga zona colonial de São Leopoldo, alguns de Santa Catarina e outros diretamente da Alemanha (Pomerânia, Saxônia, Boêmia, Silésia) e da colônia frustada de São Carlos, na Argentina.
Em 1868, com a saída de La Rue, Carlos Arnt assumiu a direção da Colônia. Nesse mesmo ano, a chegada de 41 imigrantes Westphalianos deu novo impulso ao processo de desenvolvimento da região.
Sobre a formação das primeiras comunidades, sabe-se que a primeira picada aberta em Teutônia foi a "Gluck Auf", ou seja, "Picada da Boa Sorte" (hoje bairro Canabarro), que contava com 48 lotes já no ano de 1858. Em 1860 foi aberta a Picada Hermann (Linha Germano), com 56 lotes e, em 1865, a Picada Boa Vista, com 52 lotes, seguindo-se a Picada Frank, em 1868, com 92 lotes. De 1869 a 1870: Picada Schmidt, Picada Clara e Picada Welp, com 49, 23 e10 lotes, respectivamente. Outras picadas foram abertas entre 1872 a 1878, como a Picada Catarina.
A população, naquela época, já estava em 2.241 pessoas, constituída por 386 famílias.
Desde então, o atual Município de Teutônia passou por um notório processo de desenvolvimento econômico e social, acelerado a partir de 24 de maio de 1981, com o advento da emancipação política, e que perdura até os dias atuais.
CARACTERÍSTICAS
O município foi emancipado em 24 de maio de 1981, criado pela Lei 7.542, de 5 de outubro do mesmo ano, e instalado oficialmente em 31 de janeiro de 1983.
A população total do município era de 25.105 habitantes, de acordo com a Contagem da População do IBGE (2007).
Sua Área é de 179 km² representando 0.0666% do Estado, 0.0318% da Região e 0.0021% de todo o território brasileiro.
Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.816 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).
Gentílico: Teutoniense
Microrregião: Lajeado-Estrela
Mesorregião: Centro Oriental Rio-Grandense
Altitude da Sede: 100 m
Distância da Capital: 85,52Km
- Aspectos Físicos
Teutônia limita-se com os municípios de Imigrante, Westfália, Estrela, Colinas, Fazenda Vilanova, Paverama, Poço das Antas, Barão, Boa Vista do Sul e Maratá.
O relevo é marcado por áreas onduladas. A maior altitude é de 600 metros, no Morro da Harmonia. O clima é subtropical. O território do município é banhado pelos arroios Boa Vista e Posses, que deságuam no Rio Taquari.
- Economia
Teutônia é a terceira economia entre os 39 municípios filiados à Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), de acordo com o índice de retorno do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A base da economia é a agropecuária com uma produção bastante diversificada. Na pecuária destaca-se a bovinocultura leiteira, a avicultura, a suinocultura e a criação de aves de postura. A principal cultura é o milho, seguindo-se de produtos de subsistência como feijão, aipim, batata e hortaliças. A produção de lenha (acácia e eucalipto) também merece destaque.
Uma característica das propriedades rurais é o minifúndio, com a média de 8,8 hectares por propriedade.
O setor industrial é liderado pela indústria alimentícia e pela indústria calçadista, seguidas pelos setores de esquadrias, moveleiro, metalúrgico e lapidação de pedras.
- Cultura
No âmbito cultural, o município destaca-se pelo excelente desempenho na música. São mais de 40 sociedades organizadas de canto coral, além da música instrumental, representada pela Orquestra Municipal de Teutônia. Existe ainda o Coro Municipal, diversos Grupos de Danças Folclóricas, Teatro e o Centro Cultural 25 de Julho.
Também destacam-se os eventos como o Natal "Luzes do Deus Menino", na Páscoa a Paixão de Cristo, o Encontro de Carros Antigos, o encontro de motociclistas "Teutomoto", shows e espetáculos, além da Festa de Maio, que acontece a cada dois anos, celebrando o aniversário de Teutônia.
O município é responsável pela criação oficial da primeira rota turística, a Rota Germânica, que se constitui de 14 pontos de visitação. Nesses pontos, pode-se conhecer um pouco mais da cultura germânica, através das tradições que ainda hoje são cultivadas, como é o caso do sapato-de-pau, ou do Empreendimento Matinho, local para desfrutar da gastronomia típica germânica. Também fazem parte da Rota Germânica o engenho Quatro Ventos, a Caprinocultura Kreimeier, o Teuto Brick, a Pousada Recanto do Riacho, a Comunidade Típica Alemã de Linha Clara, o Antick Haus Bergmann, o Pesque-pague Stahlhöffer, Champy Empreendimentos, Soll Cogomelos, Artesanato e Floricultura Musskopf, Lagoa da Harmonia, além do Centro Administrativo.
O Centro Administrativo, cartão de visita do município, foi construído numa quadra central de 14.000 m² de terrenos planos em nível mais elevado, o que lhe dá uma bela vista panorâmica. A construção perfaz mais de 5.800 m² construídos em 64 módulos, com estilo arquitetônico que lembra o estilo arquitetônico enxaimel, perpetuando a gratidão do povo de Teutônia aos seus antepassados. Nos quatro quadrantes ajardinados existem: O Relógio de Flores (a noroeste), símbolo da pontualidade do povo germânico, o Museu Henrique Uebel (à sudoeste), que guarda objetos centenários dos 1º imigrantes, inclusive os 7 instrumentos do Homem Orquestra, que os tocava simultaneamente, obra única no mundo; o Lago no formato do mapa do Município (à sudeste); e à nordeste a praça das tradições, onde localizam-se o enorme par de Sapatos de Pau, símbolo dos colonizadores Westphalianos, o poço dos milagres, uma moenda e um forno a lenha.
O centro foi construído em 1986, estando localizado no Centro geográfico dos Bairros de Canabarro e Languiru. Sedia, além da Prefeitura Municipal, órgãos públicos e de prestadores de serviços.
O Lago da Harmonia, a 500m de altura aproximadamente, é outro ponto turístico.
Fonte: IBGE PREFEITURA MUNICIPAL FAMURS REGIÃO DOS VALES
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