Guia da cidade - LAGES


Detalhes da cidade: LAGES-SC


  • Cidade: LAGES - Estado: SC
  • DDD: 49
  • Região: Campos de Lages
  • População: 157.544 habitantes (Homens: 48% / Mulheres: 51%)
  • Homens: 75.891
  • Mulheres: 80.710
  • Total de domicílios: 49.256
  • Distância da capital (em km): 177
  • Área (km²): 26.443
  • Densidade demográfica: 592
  • Frota de veículos: 84.468
  • Indústrias: 2.030
  • Serviços: 6.234
  • Agronegócios: 208
  • Comércio: 5.028
  • Número de empresas: 13.500
  • Serviços de saúde: 202
  • Agências bancárias: 21
  • Educação: 167
  • Administração pública: 27
  • Atividades financeiras: 117
  • Correios e telecomunicações: 33
  • Transportes: 701
  • Alojamento: 57
  • Alimentação: 846
  • Comércio e reparo de veículos: 883
  • Serviços em geral: 3.180
  • Indústria extrativa: 26
  • Construção: 521
  • Reciclagem: 24
  • Eletricidade, gás e água: 11
  • Indústrias em geral: 1.448
  • Comércio atacadista: 926
  • Comércio varejista: 4.102


  • LAJES SANTA CATARINA Monografia - n.º 031 Ano: 1965

    ASPECTOS HISTÓRICOS

    Dois séculos após a descoberta do País, no sul, enquanto o litoral ia sendo explorado, o planalto permanecia desconhecido; era apenas o sertão selvagem, atravessado de longe em longe por alguns poucos exploradores destemidos. Só na segunda metade do terceiro século é que se levantou a primeira povoação no planalto: Lajes (1766). Vencida a barreira natural - a serra do Mar - lançaram-se fundações no sertão, permanecendo longo tempo isoladas. O homem do litoral dedicou-se à agricultura e ao comércio, e o do planalto ao pastoreio, só muito mais tarde este ampliou o campo de suas atividades, ao dedicar-se também à extração do pinho e do mate.

    O comércio de gado, de paulistas e mineiros, com estancieiros do Continente do Rio Grande de São Pedro, veio animar o povoamento da região dos Campos de Lages, elo natural da estrada "que corria pelo planalto, paralela ao litoral, e que partindo de Sorocaba (São Paulo), se internava pelos campos gerais do sul da Capitania", hoje territórios paranaense e catarinense.

    Desconhece-se, todavia, quem devassou o território e iniciou a colonização. O certo é que Francisco de Sousa Faria, ao abrir a chamada estrada dos Conventos (1728), por ordem do governador da Capitania de São Paulo, Antônio da Silva Caldeira Pimentel, encontrou o caminho assinalado por inúmeras cruzes, fazendo supor haverem os jesuítas já atingido aquelas paragens em sua missão de catequese.

    Administrativamente, o Município e a vila de Lajes foram criados pela Carta Régia de 26 de janeiro de 1765 (comemora-se este ano o segundo centenário), à que o Governador da Capitania de São Paulo, Luís Antônio de Sousa Botelho, morgado de Mateus, a 9 de julho de 1766, deu execução oficial, incumbindo o guarda-mor Antônio Correia, nomeado na ocasião capitão-mor regente do sertão de Curitiba, de erguer a vila na paragem denominada Lajes, onde já existiam muitos moradores, estabelecidos com fazendas de criação .

    Correia Pinto chegou à região de Lajes, a 22 de novembro de 1766, e deu início à construção de uma capela, na chapada do Cajuru, sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres Esse primeiro núcleo, por não oferecer os recursos naturais necessários à subsistência de seus povoadores, foi logo abandonado. O segundo ponto escolhido também não foi o definitivo. O terreno propício foi encontrado nas adjacências do rio Caveiras, onde se estabeleceu, por fim, a vila projetada, em 22 de maio de 1771, com o nome de Nossa Senhora dos Prazeres de Lajes.

    Irrompida no Continente do Rio Grande de São Pedro a luta entre Espanha e Portugal, transitou, em 1777, pelos campos de Lajes um corpo de exército, vindo de São Paulo e se dirigindo para as fronteiras do sul. Para aliviar a pressão militar luso-brasileira contra suas forças em ação no Continente, a Espanha promoveu a invasão da ilha de Santa Catarina. O Tratado de Santo Ildefonso (1771), contudo, devolveria a ilha aos portugueses, desocupando os espanhóis a mesma em 1778.

    A ocupação da ilha de Santa Catarina pelos espanhóis fez com que o governo colonial cogitasse da construção de uma estrada para fins militares. do planalto, em Lajes, ao litoral catarinense, para melhor enfrentar a ameaça de invasão espanhola ou incursões de piratas de outras nações. Assim, em 1787, O governador da Capitania de Santa Catarina, cumprindo ordens do vice-rei D. Luís de Vasconcelos, ordenou a construção de uma estrada entre São José (Desterro) e a vila de Lages, encarregando da obra o alferes, depois capitão, Antônio José. da Costa estrada cujo traçado perfeito seria aproximadamente a mesma construída, um século mais tarde (em 1888), pelo engenheiro militar, Augusto Fausto de Sousa.

    Em 1820, O Município de Lajes passou a integrar a Capitania de Santa Catarina, tornada autônoma da de São Paulo.

    A 14 de dezembro de 1839, no passo de Santa Vitória, as forcas farroupilhas de Garibáldi derrotaram as do coronel Francisco da Cunha Xavier, dominando a vila de Lajes. Em janeiro do ano seguinte, no campo das Farroupilhas, o exército legal do coronel Antônio de Melo e Albuquerque desbaratou as hostes rebeldes. A desocupação de Lages só se verificou. no entanto, em fevereiro de 1841.

    Formação Administrativo O MUNICÍPIO foi instalado como vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lajes, a, 22 de maio de 1771. O Decreto provincial nº 500, de 25 de maio de 1860, elevou a vila à categoria de cidade.

    Atualmente, o Município é constituído de três distritos: Lajes (sede), Índios e Santa Teresinha do Salto.

    A comarca de Lajes, criada pela Lei provincial n.º 444, de 24 de março de 1858, extinta em 1865 e restaurada em 15 de março de 1866. foi elevada à 2.ª entrância em 1891 (Lei estadual n.º 11 de 28 outubro) e à 3.ª, em 1922 (Lei estadual n.º 1384, de 23 de setembro).

    Gentílico: Lageano.

    Padroeira: Nossa Senhora dos Prazeres.

    Eventos: Festa Nacional do Pinhão, Festa do Lambari.

    Pontos Turísticos: Catedral Diocesana, Hotéis Fazenda e de Turismo Rural, monumentos históricos, Morro da Cruz, Parque Ecológico, Museus, Parque Jonas Ramos, Salto Caveiras.

    Fonte: IBGE

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